Após uma queda expressiva de 11% na véspera, as ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA; PCAR3) mostraram recuperação nesta sexta-feira (13), figurando entre os maiores ganhos do Ibovespa. Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis subiam 6,64%, negociados a R$ 2,41, e chegaram a atingir uma máxima de R$ 2,46, com alta de 8,85%.
Razões para a recuperação
O principal impulsionador do movimento positivo foi a especulação sobre uma possível fusão entre o GPA e a rede de supermercados Dia, controlada pelo investidor Nelson Tanure.
De acordo com informações do Valor Econômico, Tanure estaria explorando um modelo operacional conjunto com o Pão de Açúcar, como parte de sua estratégia para reorganizar o setor de varejo alimentar no Brasil.
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- Modelo proposto: Tanure teria interesse em criar uma corporation no setor, sem um único controlador majoritário, consolidando ativos e marcas do varejo alimentar.
- Plano de reestruturação: A rede Dia ainda está em processo de recuperação judicial, previsto para ser concluído até o final de 2025. O avanço das negociações dependerá do encerramento dessa etapa.
Possíveis impactos da fusão
- Descontinuação da marca Dia: Caso o acordo avance, a marca Dia poderia ser extinta, com cerca de 300 pontos imobiliários estratégicos sendo incorporados à operação do Pão de Açúcar.
- Expansão estratégica: A transação ampliaria a presença do GPA em locais de alta demanda e potencializaria sua competitividade no varejo alimentar.
Cenário das ações
Os papéis do GPA têm enfrentado forte volatilidade nos últimos meses devido a desafios operacionais e preocupações do mercado com a saúde financeira do grupo. A possibilidade de fusão trouxe ânimo aos investidores, que veem no acordo uma oportunidade para reestruturar a empresa e melhorar seus resultados.
Apesar do otimismo pontual, o futuro do GPA depende de como as negociações com a rede Dia evoluirão, assim como da capacidade da empresa de lidar com a concorrência acirrada e os desafios internos.