Os analistas de mercado, segundo o boletim Prisma Fiscal de setembro, projetam que o governo enfrentará um déficit primário de R$ 66,665 bilhões em 2024.
Essa estimativa é uma melhora em relação ao relatório de agosto, que previa um rombo maior, de R$ 73,5 bilhões. O objetivo do governo é zerar o déficit em 2024, conforme estipulado pelo novo arcabouço fiscal, que foi aprovado no ano passado.
Embora a Lei Orçamentária Anual para 2024 tenha inicialmente previsto um superávit de R$ 2,8 bilhões, o relatório bimestral de despesas e receitas de julho revisou esse valor para um déficit de até R$ 28,8 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB, no limite inferior da meta fiscal.
Para 2025, o cenário é mais desafiador, com o mercado projetando um déficit de R$ 93 bilhões, um aumento em relação à previsão anterior de R$ 91,688 bilhões. O governo ajustou a meta fiscal para 2025, passando de uma expectativa de superávit de 0,5% do PIB para um resultado neutro (0% do PIB).
Um dos principais objetivos da nova regra fiscal é alcançar superávits primários a partir de 2024, com a meta de um resultado neutro nesse ano. A regra fiscal substitui o teto de gastos e estabelece que as despesas do governo poderão crescer até 70% do aumento da receita, com um limite de 0,6% a 2,5% acima da inflação.
Em termos de arrecadação, a previsão para as receitas federais em 2024 aumentou, de R$ 2,622 trilhões para R$ 2,633 trilhões, e para 2025, de R$ 2,751 trilhões para R$ 2,779 trilhões.
A receita líquida do Governo Central também foi revisada para cima, alcançando R$ 2,146 trilhões em 2024 e R$ 2,264 trilhões em 2025.
Por outro lado, a projeção para a dívida bruta do Governo Geral (DBGG) piorou. A expectativa para 2024 subiu de 77,72% para 77,91% do PIB, e para 2025, de 80,32% para 80,61% do PIB.
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