O Nordeste brasileiro se destacou em uma pesquisa global realizada pela plataforma em parceria com a YouGov, revelando que 45,3% da população local já investiu ou possui criptoativos, superando as outras regiões do país. Esse número coloca o Nordeste à frente do Sul (43,4%), Sudeste (40,7%), Norte (40,2%) e Centro-Oeste (38%) na adoção de criptomoedas, reforçando sua posição como líder nacional nesse segmento.
Brasil e o Cenário Global de Criptoativos
No cenário nacional, 43% dos brasileiros afirmaram já ter investido ou possuir criptoativos, um aumento de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior. Esse dado coloca o Brasil próximo da média global de 42%, consolidando o país como um importante mercado para criptomoedas.
No entanto, o Nordeste chama atenção não apenas pela alta adesão, mas também pela concentração de investidores ativos, ou seja, aqueles que continuam a manter criptoativos. A região registra 17,3% da população nesse grupo, superando a média nacional de 16%.
Criptomoedas e Inclusão Financeira
A pesquisa destaca que a adoção de criptomoedas no Brasil e em países em desenvolvimento está profundamente conectada à inclusão financeira. Cerca de 28% dos brasileiros que investiram em criptos fizeram isso em resposta à exclusão financeira, buscando alternativas ao sistema bancário tradicional.
Esse fenômeno reflete o papel das criptomoedas como uma solução acessível em regiões onde as barreiras ao acesso bancário formal são mais significativas. De forma semelhante, países como a Nigéria lideram globalmente na adoção de criptomoedas, com impressionantes 73% da população relatando já ter adquirido ativos digitais, destacando seu potencial como ferramenta para reduzir desigualdades financeiras.
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Mudança de Percepção Global
Enquanto regiões mais carentes impulsionam a adoção, em países como os Estados Unidos a narrativa em torno das criptomoedas também evolui. Em 2024, as preocupações com volatilidade e questões regulatórias diminuíram, enquanto houve um aumento na percepção de que as criptomoedas são ecologicamente corretas (48%) e estão conectadas ao futuro da propriedade digital.