A equipe econômica do presidente Lula olhou de novo as contas e decidiu que o dinheiro que esperavam ganhar com decisões no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) não vai ser tão alto assim.
Antes, eles esperavam arrecadar R$ 55 bilhões, mas em julho cortaram esse valor para R$ 37,7 bilhões.
E agora, a realidade caiu de vez: só deve chegar a R$ 847 milhões até o final do ano. É como quando você acha que seu salário vai ser enorme, mas no fim, só sobra o suficiente pra um lanchinho.
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E não para por aí. Outras receitas que o governo esperava também foram revisadas para baixo. O dinheiro vindo das subvenções ao ICMS, aquele incentivo fiscal para empresas, que antes seria de R$ 35,3 bilhões, agora está em “apenas” R$ 9,4 bilhões.
Já o tanto que o governo esperava arrecadar com apostas esportivas, que era de R$ 3,4 bilhões, despencou para R$ 265 milhões. Quase como apostar no cavalo errado.
A razão para esses cortes. A equipe econômica disse que as coisas não foram como previsto, especialmente de janeiro a agosto de 2024. Isso inclui o famoso “Voto de Qualidade” no CARF, que não rendeu tanto quanto o esperado.
Essas receitas são super importantes porque o governo quer zerar o déficit, ou seja, gastar só o que arrecada. No relatório desta sexta-feira, eles mostraram uma nova previsão: o déficit primário estimado para 2024 agora é de R$ 28,3 bilhões. Isso ainda está dentro do limite aceitável (0,25% do PIB) para que o governo consiga manter as contas em ordem.
Além disso, o governo anunciou um novo bloqueio de R$ 2,1 bilhões nas despesas, mas ao mesmo tempo liberou R$ 3,8 bilhões que estavam congelados desde julho.
Assim, o valor total congelado caiu de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões. Melhor, mas ainda não ideal.