O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou alta de 0,1% em outubro frente a setembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (13). O desempenho superou a expectativa de queda de 0,20% projetada em pesquisa da Reuters.
Desempenho Geral
Embora o resultado marque o terceiro mês consecutivo de crescimento, houve uma desaceleração em relação à alta de 0,9% registrada em setembro (dado revisado). Na comparação anual, o índice avançou 7,3%, enquanto o acumulado em 12 meses alcançou um crescimento de 3,4%.
Setores Econômicos
- Serviços: Apresentaram uma alta robusta de 1,1% no mês, superando as expectativas e mantendo um ritmo positivo de contribuição à economia.
- Varejo: As vendas cresceram 0,4%, também acima das projeções do mercado.
- Indústria: Frustrou com uma queda de 0,2%, evidenciando desafios no setor produtivo.
Perspectivas para o PIB e Economia em 2024
- PIB do Terceiro Trimestre: O Brasil teve expansão de 0,9%, segundo o IBGE, sinalizando uma economia resiliente mesmo com políticas monetárias contracionistas.
- Previsão para o Quarto Trimestre: Analistas esperam uma leve desaceleração, mas com ganhos modestos.
A Pesquisa Focus do Banco Central estima crescimento do PIB de 3,39% em 2023 e desaceleração para 2,0% em 2025.
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Política Monetária e Inflação
O Banco Central intensificou sua política monetária nesta semana, aumentando a Selic em 1 ponto percentual para 12,25% ao ano, com sinalizações de mais duas altas de mesma magnitude. Essa decisão visa conter as preocupações com a inflação, especialmente em meio a uma economia aquecida.
O IBC-Br, utilizado como referência para antecipar tendências do PIB, reflete os desempenhos dos setores de agropecuária, indústria e serviços, além dos impostos sobre produção. O cenário atual sugere uma economia ainda resistente, mas com possíveis desafios à frente devido ao aperto monetário.