O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou queda em 27 dos 29 setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em dezembro de 2024, refletindo um cenário de desânimo generalizado no setor industrial em todo o Brasil.
Principais resultados do ICEI
- Queda generalizada
- O ICEI recuou em todas as regiões do país e na maioria dos setores industriais.
- Em novembro, apenas 2 setores estavam abaixo da linha de 50 pontos (indicativo de pessimismo); em dezembro, esse número saltou para 17 setores.
- A média nacional reflete o maior pessimismo desde maio de 2023, segundo a CNI.
- Setores menos confiantes
- Produtos de borracha, madeira, minerais não-metálicos e têxteis lideram entre os segmentos com menor confiança, todos abaixo de 48 pontos.
- Setores mais confiantes
- Os mais otimistas permanecem sendo os de farmoquímicos e farmacêuticos, bebidas, impressão e reprodução, máquinas e materiais elétricos, todos acima de 52 pontos.
Impactos regionais
A queda foi observada em todas as regiões brasileiras, com destaque para:
- Sul: maior queda, com recuo de 4 pontos.
- Sudeste: diminuição de 2,5 pontos.
- Nordeste: queda de 2,3 pontos.
- Centro-Oeste e Norte: reduções de 1,6 e 1,2 pontos, respectivamente.
Fatores influenciadores
Segundo Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a desconfiança fiscal no Brasil é o principal fator por trás da disseminação do pessimismo:
- Incertezas sobre o ajuste fiscal afetam diretamente as expectativas relacionadas aos juros e ao câmbio, impactando o planejamento e os custos das empresas.
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Metodologia da pesquisa
- Período: entre 2 e 11 de dezembro de 2024.
- Empresas consultadas:
- 738 de pequeno porte.
- 679 de médio porte.
- 451 de grande porte.
O ICEI, que utiliza uma escala de 0 a 100 pontos com 50 pontos como linha divisória, é considerado um termômetro da percepção do setor industrial sobre o ambiente econômico. A queda do índice sinaliza desafios crescentes para o setor industrial e reforça a necessidade de maior clareza na condução da política econômica para restaurar a confiança empresarial.