Defasagem do diesel da Petrobras tem aumento na defasagem com alta do Dólar

A disparada do dólar acima de R$ 6 elevou a defasagem nos preços do diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras, segundo análises da consultoria Raion. Contudo, fontes próximas à estatal indicam que, no curto prazo, a empresa não pretende reajustar os preços, mantendo sua estratégia de evitar repasses imediatos da volatilidade externa.


Principais fatores no cenário atual

  1. Defasagem nos preços do diesel:
    • O preço do diesel da Petrobras está R$ 0,37 abaixo da paridade de importação, maior diferença desde julho deste ano, quando a defasagem chegou a R$ 0,68.
    • Apesar da alta do dólar, o preço do barril de petróleo mais baixo nos últimos meses tem ajudado a compensar os efeitos cambiais.
  2. Estratégia da Petrobras:
    • Desde o início do governo Lula, a Petrobras eliminou a regra de paridade de importação, permitindo maior flexibilidade nos preços.
    • A empresa adota uma estratégia que evita repassar variações de curto prazo para os consumidores, priorizando o equilíbrio no longo prazo.
  3. Capacidade da Petrobras:
    • A Petrobras possui uma ampla infraestrutura de refino, logística e distribuição, o que a ajuda a lidar com períodos de defasagem.
    • Atualmente, a defasagem média no preço do diesel ao longo do ano é de apenas R$ 0,08 por litro, segundo a Raion.

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Impacto no preço dos combustíveis

  • Diesel: O combustível mais consumido no país apresenta preços elevados, mas a Petrobras ainda considera sustentável o nível atual, desde que o dólar alto não se mantenha por muito tempo.
  • Gasolina: A defasagem do preço da gasolina chegou a R$ 0,28 por litro, maior nível desde outubro. No acumulado do ano, a média ficou em R$ 0,33 por litro.
  • Consumo elevado: O aumento do consumo típico de fim de ano, combinado com o câmbio desfavorável, impulsionou os preços dos combustíveis nos postos.

Cenário futuro para ajustes

Fontes ligadas à Petrobras indicam que possíveis ajustes nos preços podem ser avaliados no início de 2024 caso:

  • O dólar permaneça em patamares elevados no longo prazo.
  • O preço do barril de petróleo volte a subir, aumentando a defasagem.
  • A participação de mercado da estatal seja comprometida, especialmente devido à concorrência com importadores.

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