Argentina cresce 3,5% no terceiro trimestre

A economia da Argentina registrou crescimento de 3,9% no terceiro trimestre de 2024, na comparação com o trimestre anterior, conforme divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O resultado interrompe uma sequência de três trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB).

Apesar do avanço trimestral, o PIB argentino apresentou uma contração de 2,1% na comparação interanual, ou seja, em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O resultado foi menos negativo do que a previsão dos analistas, que esperavam uma retração de 2,6%.


Desempenho por componentes da demanda

Na comparação com o segundo trimestre:

  • Exportações: +3,2%
  • Consumo privado: +4,6%
  • Consumo público: +0,7%
  • Formação bruta de capital fixo (investimentos): +12%

Na comparação interanual (3º trimestre de 2023):

  • Consumo privado: -3,2%
  • Consumo público: -4%
  • Investimento em capital fixo: -16,8%
  • Exportações: +20,1%

Análise dos dados

O crescimento do PIB no trimestre foi impulsionado pela recuperação do consumo privado, que registrou alta de 4,6%, e pelo avanço expressivo dos investimentos (+12%). Além disso, as exportações tiveram um desempenho favorável tanto na comparação trimestral (+3,2%) quanto anual (+20,1%), refletindo a recuperação do comércio exterior.

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Por outro lado, os dados interanuais ainda mostram fragilidade em componentes fundamentais, como o consumo privado e o investimento em capital fixo, que tiveram quedas significativas. A contração de 16,8% nos investimentos sugere desafios persistentes na confiança do setor produtivo.

O desempenho positivo da economia argentina no trimestre reflete os efeitos das políticas de ajuste fiscal e estabilização cambial implementadas pelo governo. No entanto, as comparações anuais indicam que o país ainda enfrenta dificuldades, como queda no consumo e investimentos, em meio à perda do poder de compra e à desaceleração do crescimento econômico global.

A continuidade da recuperação dependerá de fatores como controle da inflação, retomada do consumo interno e manutenção do crescimento das exportações.

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